O Manchester United fecha as portas da cantina para seus funcionários no estádio Old Trafford, em meio a uma desvalorização de 300 milhões de libras nas ações nos últimos três anos. A medida, divulgada pelo jornal inglês The Guardian, substituirá os almoços gratuitos por frutas, marcando uma mudança significativa na política de benefícios do clube.
A decisão faz parte de um conjunto de medidas implementadas por Jim Ratcliffe, o maior investidor individual do Manchester United. Ratcliffe planeja estender as mudanças também ao Centro de Treinamento, onde apenas os jogadores continuarão a receber almoços sem custo, enquanto os demais funcionários terão acesso a sopa e pão.
Em dias de jogos, os funcionários do Manchester United receberão refeições embaladas, conforme relatado pelo The Guardian. A medida de que o restaurante será fechado já no próximo fim de semana, marcando o início efetivo das novas políticas de corte de custos.
Desde que assumiu o controle do futebol no Manchester United, Ratcliffe tem implementado uma série de ações para otimizar as estruturas do clube e restaurar sua competitividade no cenário do futebol inglês. A desvalorização das ações do time, que atingiu aproximadamente 36% desde dezembro de 2022, é um dos fatores que impulsionam essas mudanças.
O Guardian já havia noticiado que o Manchester United planeja reduzir significativamente seu departamento de olheiros, com o corte de 80 profissionais. Além disso, cerca de 200 demissões devem ocorrer. O presidente-executivo Omar Berrada deve apresentar o planejamento detalhado para o futuro do clube em uma reunião nesta segunda-feira.
O objetivo de Ratcliffe é reestruturar o clube para que ele volte a competir no mais alto nível do futebol inglês, o que exige decisões estratégicas e, por vezes, impopulares. As mudanças implementadas visam otimizar os recursos e garantir um futuro financeiramente mais sustentável para o Manchester United.
Embora as medidas de corte de custos possam gerar descontentamento entre os funcionários, a gestão do Manchester United argumenta que são necessárias para garantir a saúde financeira do clube a longo prazo. A expectativa é que, com a reestruturação, o time possa voltar a investir em sua infraestrutura e elenco, buscando retomar o protagonismo no futebol europeu.